Homens mataram e estupram crianças de três anos encontradas em carro



Dois homens foram presos nesta sexta-feira (20) e, segundo a policia, um deles confessou o crime. 
Corpos das meninas Mel e Bia foram enterrados na Zona Leste A delegada Ana Paula Rodrigues, titular da 5ª Delegacia de Repressão a Crimes contra Crianças e Adolescentes do DHPP, disse em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (20) que as duas meninas de três anos encontradas mortas na Zona Leste de São Paulo foram assassinadas e depois estupradas por dois homens. 
Eles foram presos na manhã desta sexta. Os corpos de Adrielli Mel Porto, a Mel, de 3 anos e 8 meses, e de Beatriz Moreira dos Santos, a Bia, de 3 anos e 11 meses, foram velados e enterrados nesta sexta no Cemitério da Saudade. Elas desapareceram no dia 24 de setembro e os corpos foram encontrados dentro de um veículo no dia 12 de outubro. Segundo a polícia, Marcelo Pereira de Souza confessou seu envolvimento no crime, e Everaldo Jesus Santos também teria participação. Um deles, de 37 anos, já cumpriu pena por estupro. “Segundo depoimento do Marcelo, que confessou o crime, ele nos disse que atraíram as crianças com doces. Eles levaram as duas até um barraco e disseram para as crianças que lá teriam mais doces. Eles mataram primeiro e depois estupraram as crianças”, disse a delegada. Everaldo está prestando depoimento na tarde desta sexta-feira, de acordo com a delegada. Ela explicou que Marcelo não sabia os nomes das crianças e as tratava, durante o depoimento, pela cor da pele. “Ele nos disse que matou e estuprou a branquinha, que é a Beatriz.” A delegada disse que ele foi indiciado por sequestro, estupro de vulnerável, homicídio e ocultação de cadáver. Durante a investigação, a polícia descobriu que “Everaldo teve uma briga com Allan, pai da Adrielly, pois ele o teria acusado de roubar drogas dele.” Ainda durante o depoimento de Marcelo, ele disse à polícia, que “pegaram as crianças entre 15h e 16h do dia do desaparecimento (24 de setembro) e que esperaram anoitecer para sair com as crianças e colocar na Fiorino. Eles não fecharam a porta da Fiorino para não chamar a atenção dos vizinhos” Em seu depoimento, Marcelo disse ter sofrido violência sexual quando criança. “Ele sofreu violência sexual por parte dos primos quando tinha 12 anos. Ele confessou o crime e disse que precisa de tratamento.” A polícia ouviu o depoimento da mulher dele, mas não divulgou o nome dela. “Ela disse que, no dia seguinte ao desaparecimento, ter confessado para ela ter matado e estuprado as crianças com o Everaldo. Por isso a mulher nos disse que não conseguia mais dormir com ele.” “Ela disse ainda que, quando estava grávida da filha, que hoje tem 4 anos, que o Marcelo, quando soube que era uma menina, que tinha medo porque ele tinha atração por crianças do sexo feminino”, afirmou a delegada. As duas crianças foram mortas, de acordo com a polícia, por asfixia. “Os corpos estavam em estado de putrefação instalado. Foi encontrado um vermelho nos dentes das crianças, o que chamamos tecnicamente de dentes rosados. Esse é um dos indícios de asfixia, pois quando se asfixia uma criança rompem-se pequenos vasos na boca e que mancham os dentes.” A delegada esclareceu o motivo de os dois presos terem sido ouvidos no começo da semana e liberados em seguida. “Não havia indícios de que eles teriam envolvimento com esse caso. Membros da comunidade e criminosos da região sequestraram os dois e os torturaram. Eles foram liberados, mas foram monitorados, pois Marcelo já tinha cumprido pena de 6 anos por ter molestado a filha de 7 anos da então namorada em 2005. Naquela época ele foi preso em flagrante.” Eles tiveram a prisão temporária decretada. No domingo (15), os dois chegaram a ser torturados por moradores da região, que suspeitavam do envolvimento deles no crime. Na ocasião eles foram liberados pela polícia e negaram participação no caso. Os dois homens foram encontrados na segunda-feira (16) em um barraco no Jardim Queralux, na Zona Leste, machucados e amarrados. A polícia foi até o local após receber uma denúncia, e os homens disseram que tinham sido torturados por pessoas que achavam que eles teriam participado da morte das meninas. Os dois disseram à polícia que foram pegos por homens que estavam em um carro vermelho, no fim da tarde de domingo, e que foram torturados para confessar que mataram as meninas, mas negaram o crime. 

Via G1

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