Líder de facção é condenado a mais de 19 anos de prisão em julgamento por videoconferência

                 

O julgamento de Vicente Antônio Freitas Filho, o “Peru”, foi feito por videoconferência já que o réu está preso em uma penitenciária federal no Paraná.
Pela primeira vez um homem foi julgado no Nordeste por meio de videoconferência no Fórum Clóvis Beviláqua. Vicente Antônio de Freitas Filho, conhecido por “Peru”, foi condenado a 19 anos e 8 meses de prisão inicialmente em regime fechado. 
O homem tinha envolvimentos com crimes como homicídio, tráfico de drogas, roubo e sequestro. O réu foi capturado em Goiás em novembro de 2016 após operação da polícia goiana. Preso desde então em uma prisão federal de Catanduvas (PR), Peru foi a júri popular por homicídio duplamente qualificado (por surpresa e uso de meio que possa resultar perigo comum). 
 Acusado de matar a tiros Erik Henrique Aguiar Freitas, de 16 anos, e ferir outros três, sendo uma mãe, uma bebê e um homem. O caso ocorreu no bairro Dias Macedo, na Capital. O condenado é um dos líderes de uma facção criminosa que atua no Ceará. 
No julgamento, a promotoria pedia a condenação do réu a regime fechado. “Infelizmente os crimes de lesão corporal contra os feridos prescreveram após os recursos. Mas a prova para acusação de homicídio qualificado é mais do que suficiente (para condenação)”, afirmou o promotor de Justiça Oscar Stefano. 
Uma das vítimas do crime, que foi baleada na ação, esteve no tribunal e identificou Peru como o autor dos disparos que vitimou Erik. 
Segundo o promotor de Justiça, a testemunha estaria receosa de ir ao fórum por medo de retaliações. “O réu é um indivíduo de alta periculosidade. 
Ele já fugiu do sistema prisional cearense e agora está preso em uma prisão de segurança máxima”, explica Stefano. A defesa argumentou em favor do réu, que ele não teria sido o autor do crime. No caso do homicídio, Peru não teria culpa, o que foi enfatizado ao júri presente. 
Na sentença de condenação do réu, o juiz reafirmou a culpa de Vicente Antônio, deixando claro que ele teve a intenção de matar e ainda feriu outras pessoas que estavam próximas. No crime, o homem descarregou a pistola atingindo as quatro pessoas. “Temido no bairro onde praticou o crime e conhecido como traficante”, disse o juiz auxiliar Felipe Augusto Rola Pergentino Maia.

FONTE: O POVO

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